Quem sou eu

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Quem sou Eu? Não sei. Sou a que sente sou aquela que sofre sou aquela que chora sou criança quando posso sou adulta porque me exigem sou mulher sou pensamento sou razão afinal quem sou Eu? Não sei. Sou o amor mas ódio não sou sou aquela que tem fome aquela que tem sede de viver aquela que tem sede de amar afinal que sou Eu? Talvez aquela que muitos queriam Ser .....

domingo, 24 de abril de 2011

AMOR, SAUDADE E ESPERANÇA





Poemas...
   
  
Por uma estrada, um dia, uma criança Muito loira e risonha, nela andava.
Seu coração, tão cheio de bonança,
O pequenino peito palpitava.
Em uma das mãozinhas segurava um arco de ouro,
E noutra ela trazia
Setas douradas, com que costumava ferir os corações, que sempre via.
 
A boca cor de rosa, uma canção muito Doce e divina balbuciava.
O canto extasiava o coração.
Era 
Amor, que cantando, assim passava.
Ele já ia em meio da jornada;
Porém, certa manhã de primavera, Sentou-se numa pedra dessa estrada,
A meditar no mal que ele fizera.
"Meu Deus!
Com essa minha travessura
Não pensei tanto dano assim causar."
E tendo a alma repleta de amargura, Arrependido,
Amor pôs-se a chorar.
Nesse instante, porém, uma donzela, que Tinha as vestes verdes cor do mar,
Parou ali.
E a sua voz tão bela
Procurou o menino consolar.
-"Não chores mais, meu anjo, vem comigo, eu sei o que te causa tanta dor.
É por isso que eu venho ter contigo; Enxuga esse teus olhos, Deus do Amor!"
-"Eu queria saber - disse a criança - O teu nome...
Afinal como é então?"
-"Meu nome é lindo, chamo-me 
Esperança", respondeu-lhe com toda emoção.
-"Quero ir contigo, pela estrada afora,
Consolar esses pobres corações; Eles sofrem por tua causa agora e choram as perdidas ilusões".
E os dois partiram, com as mãos unidas, Sorrindo ia a Esperança a consolar.
Caminhavam assim, por avenidas, que Um sol ardente vinha iluminar.
Por muito e muito tempo eles andaram, Até que enfim, em uma encruzilhada,
Cansados, 
Esperança e Amor pararam, Estavam quase ao término da jornada.
Ali tudo era belo... Bem distante Erguiam-se montanhas azuladas.
Aos seus pés, a água clara e murmurante Passava sob as flores perfumadas.
Traído Amor e a Esperança, Embevecidos,o céu de anil ficaram a fitar.
E como ambos estavam distraídos, não Sentiram alguém se aproximar.
"Aqui estou eu", falou uma voz dolente Que também traduzia a ansiedade,
"Meu nome é triste - disse docemente - Mas é bem lindo, eu sou a
Saudade.
- "Os corações, que tu Amor, feriste, Agora estão cansados de chorar".
- "Tu, 
Esperança, tanto os iludiste!... Pra que foi que os fizeste em vão sonhar?"
-"Ficai! Que junto aos pobres desgraçados Saberei preencher vosso lugar".
-"Eles hão de sorrir mais consolados; Junto deles eu sempre hei de ficar".
-"E há de então repassar-lhes pela mente o passado, que outrora os fez sonhar.

-"Quem sabe se mais lindo e mais sorridente,
Porque com 
Saudade hão de evocar!" Assim é a vida.
Amamos e sentimos A 
Esperança afagar o coração;
Porém bem cedo nos desiludimos.
Junto a nós 
Saudade fica então.

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